No segundo e terceiro dias do 7° Amazonas Film Festival, foram realizadas várias mostras, tanto as competitivas quanto as não competitivas. Eu acompanhei a Mostra Competitiva de Curta-Metragem Digital Amazonas, realizada à tarde, no Teatro Amazonas, e a Mostra Competitiva de Curta-Metragem Brasil, realizada à noite, no Teatro Amazonas.
No primeiro dia da Mostra Competitiva de Curta-Metragem Amazonas, foram exibidos os curtas "Conto de Aduacá", de Roberto Rogger, que conta a história do repórter-fotográfico Cello Piana, da revista “In The Green” que, viajando pelo Amazonas num barco regional, conhece uma das mais fortes lendas da mitologia amazônica, a lenda do Boto; "Algoritmo", de Michelle Andrews, videodança e documentário experimental que investiga o processo de construção do videodança, ao mesmo tempo em que ocorre usando como recurso as ferramentas do debate, das múltiplas câmeras e sua interferências no processo da criadora e da intérprete; "Contra-fluxo", de Valdermir Oliveira, "que enfoca a busca pela imagem do “eu” por meio dos reflexos perdidos do que “eu poderia ser”; E agora o que nois ramú cume?", de Daniel Luiz Batista, animação que conta a história de Zé, um homem comum e preguiçoso, com três filhos e uma mulher furiosa que necessitam comer. Com muita esperança Zé e o seu fiel escudeiro, o cachorro desbravam a seca em busca de alimento. Encerrando a mostra de sábado, "Perdido", de Zeudi Souza. Após uma discussão com sua esposa, um fracassado barão da borracha se embrenha na selva e se perde, após um dia perdido ele volta para casa, e descobre algo inusitado.
Gostei muito do "E agora o que nois ramú cume?" e do "Perdido".
A noite, teve a Mostra Competitiva de Curta-Metragem Brasil, com os curtas "A cidade e o desejo n° 5", de Gabriel Bitar e "Recife frio", de Kleber Mendonça Filho. "A cidade e o desejo n° 5" é baseado no conto do livro "Cidades Invisíveis", de Ítalo Calvino. Gostei muito do "Recife Frio", que mostra uma Recife diferente, uma Recife de clima frio, devido a um fenômeno climático. Apresentado como se fosse um programa estrangeiro, mostra como seria a cidade que vive ensolarada com um clima frio. A última cena do curta é a melhor, que mostra Recife nevando xD Achei a fotografia desse curta excelente, a forma que a história é contada é ótima.
Já no segundo dia da Mostra Competitiva de Curta-Metragem Amazonas, foram exibidos os curtas "O conto da Rosa, de Janssem Cardoso da Silva, que fala sobre uma paixão repentina; "Lady Murphy", de Maria Elisa Souto Bessa, que retrata um dia na vida de uma senhora onde nada dá certo, no melhor exemplo da Lei de Murphy; “Sardinhas em Lata”, de Keyla Serruya, documentário que mostra a realidade do transporte coletivo de Manaus; “Mosaico Abstrato”, de Sávio Stoco e Michelle Andrews, que mostra a filosofia da banda Cabocrioulo e do cineasta Jan Svankmajer. Encerrando a mostra, “O Rock que o Brasil Não Viu”, de Bosco Leão, Caio de Biase e Clovis Rodrigues, um dos curtas mais aguardados e aplaudidos de domingo. Trata-se de um documentário que conta a história das bandas de rock de Manaus do início dos anos 90 e meados dos anos 2000. Os bares, os festivais, a mídia, entre outras histórias.
Gostei muito do "Sardinhas em lata", "Mosaico Abstrato" e "O rock que o Brasil não viu".
A noite, teve mais uma Mostra Competitiva de Curta-Metragem Brasil, com os curtas "Geral", de Anna Azevedo e "Estação", de Márcia Faria. Gostei dos dois curtas. "Geral" é um documentário que registra os últimos jogos em que o Maracanã tinha essa acomodação, destinada aos torcedores menos favorecidos. Os torcedores conhecidos por "geraldinos" eram os torcedores mais alegres, que iam fantasiados e torciam como loucos. Já "Estação" conta a história de uma moça que chega a São Paulo vinda do interior para tentar a vida como atriz de novela e acaba morando na Rodoviária do Tietê, a segunda mais movimentada do mundo.
As mostras de Curta-Metragem Brasil ainda continuam rolando durante os outros dias do festival. Eu talvez vá pra lá na quarta e no encerramento, e postarei aqui no blog como foi. o/
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1 comentários:
sardinha em lata?
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